Gazeta Itapirense

‘Muro da Vergonha’: o mito da Praça Bernardino de Campos

Há um local específico na Praça Bernardino de Campos que chama a atenção de pedestres e passantes na principal referência de Itapira. Este local foi apelidado de ‘Muro da Vergonha’ e é o ponto de encontro de quem adora ficar de papo pro ar, jogar conversa fora e deixar a vida levar. Talvez a força do nome não retrate de fato sua real função.

Aposentados, pessoas sem ocupação e gente que adora flanar em torno de assuntos importantes, ou nem tanto, da vida da cidade tem lugar preferencial por ali.

As polêmicas versam sobre tudo: política, casos extra conjugais, cotidiano da cidade e por aí vai.
O soldador Adilson Ribeiro de Nunes acredita que há um preconceito contra o ‘Muro da Vergonha’. “Para mim, é um espaço do povão”, adverte sobre os que adoram produzir muvuca.

O campineiro Deivison de Freitas vê semelhantes com outros pontos de Campinas, onde a molecada fica sem fazer nada. “Aqui é até engraçado ver vovôs aposentados em meio à juventude que não gosta de agarrar no pesado”, diverte-se.
A opinião do campineiro pode ser constatada com uma voltinha pelas adjacências do tal Muro.

Vovôs debatem acaloradamente sobre o valor da aposentadoria e marmanjões crescem o olhar sobre as beldades que desfilam pelo pedaço. “Mas isto é democracia”, tascou Deivison.

O muro é a síntese da muvuca na região central da cidade
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