Gazeta Itapirense

Munhoz enxerga espaço para crescimento do centro democrático

Ao comentar com A GAZETA os desdobramentos da anulação das condenações do ex-presidente Lula pelo ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o reinício dos processos a partir do zero por entendimento de que a Vara de Curitiba não tinha competência para julgar estes fatos, o deputado estadual Totonho Munhoz considerou que a decisão do ministro deve produzir novos fatos, e que por isso mesmo entende ser prematura qualquer tipo de análise neste momento.

Em sua opinião, a decisão de Fachin trouxe de imediato dois desdobramentos; o primeiro deles, “sem entrar no mérito da decisão” bastante nocivo ao país, segundo ele, por sinalizar mais uma vez que a Justiça no Brasil opera de forma disfuncional. “Justiça tardia não é Justiça”, censurou. Ao citar as crises sanitária e econômica, considera que o país não pode se dar ao luxo em discutir indefinidamente assuntos de relevância no cenário político que contribuem para acirrar os ânimos.

Conforme se pronunciou, também no âmbito político, a decisão de Fachin, caso mantida pelos pares de STF, deverá produzir novos elementos. Avaliou que esta polarização entre adeptos do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula, pode abrir caminho para o surgimento de uma liderança posicionada no centro político.

Munhoz avalia que rejeição tanto de Lula, quanto de Bolsonaro, pode abrir uma perspectiva diferente em 2022

“O embate de 2022 deverá ser totalmente diferente daquele que ocorreu em 2018, onde Bolsonaro tirou proveito da aversão que uma grande parcela da sociedade sentia pelo PT. Hoje, porém, muitas pessoas que votaram em Bolsonaro se mostram desapontadas com o atual presidente, da mesma forma como demonstram um claro desconforto com a possibilidade do PT voltar ao poder. Pode surgir neste cenário uma composição que fortaleça uma candidatura de centro. Tudo ainda muito prematuro, mas a possibilidade existe”, completou.

 

 

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