Movimento da última semana ajuda salvar vendas de Natal para parte dos lojistas

Com as lojas baixando as portas às 16h00 desta sexta-feira, 24, véspera de Natal, comerciantes esperam o balanço das vendas de final de ano para o inevitável exercício de comparação com o mesmo período do ano passado. A se julgar pelo que apurou a reportagem da GAZETA, a maior parte dos lojistas começou a enxergar uma luz no fundo do túnel a partir desta semana que se encerra, quando, não por coincidência, as ruas ficaram mais cheias.

“Eu estava preocupada com o movimento da loja. Para um período de vendas de final de ano, estava tudo muito parado”, admitiu a comerciante Marina Caloria Amâncio, da loja de confecções femininas Maria Bonita. Marina acha dois fatores pesaram para uma maior presença das pessoas nas lojas ao longo desta semana, o próprio fato da proximidade do Natal e o fato de ter chovido bem menos do que a semana anterior. “Estou mais otimista. Acho que vamos fechar o período de vendas de forma satisfatória”, observou.

Silvana, da Casa Vermelha, sentiu maior movimentação na última semana

Silvana de Souza, atendente da tradicional Casa Vermelha, disse que foi dispensada de vir à noite, mas que durante o dia a situação refletiu o que ocorreu nas vendas noturnas, ou seja, o movimento na loja cresceu nesta semana. “A gente sabe quando a pessoa vem para comprar um presente”, descreveu. Ela reforçou ainda aquela impressão de que muitas pessoas deixam sempre para o momento derradeiro realizar sua compra de Natal. “Tenho certeza de que os últimos dias serão os mais movimentados”, arriscou.

Bairros

Nos bairros, a expectativa era a mesma. Sem a mesma visibilidade, a maior parte dos lojistas não ficou com as portas abertas até às 22h00. Fernanda Pereira, atendente da loja Old Market, no Penhão, especializada em presentes, disse que o patrão preferiu estender o horário um pouco além, apenas. “Aqui na rua a maioria dos lojistas agiu da mesma forma”, comentou a moça. Fernanda também segredou que esperava um movimento maior para os últimos dias. “Até agora a gente não tem como dizer que a presença de público tem sido aquela que a gente sonhou. Esperamos que melhore na reta final das vendas”, comentou.

Valores Menores

Célio Altafini, presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACEI) avalia que aquelas lojas que tinham artigos mais elaborados e com preço mais em conta, se deram melhor este ano. “As pessoas saíram com a intenção de comprar presentes mais em conta, que lhes permitisse presentear duas ou mais pessoas sem que isso afetasse o orçamento de cada um. Neste sentido percebi que determinados nichos se deram melhor do que outros, como lojas de vestuário, brinquedos, bijuterias, cosméticos e alimentos sofisticados como aqueles que tem o chocolate como carro chefe”, ponderou. Altafini preferiu não cravar um palpite a respeito do desempenho das vendas deste ano, “Melhor esperar a semana que vem”, tangenciou.

Fernanda da Old Marketing: esperava pelos consumidores que deixam compras para última hora

Na semana final, ruas ficaram movimentadas refletindo no movimento dentro das lojas