Gazeta Itapirense

Minuto Pet – Um grande dilema: qual ração é a melhor?

Um dos grandes debates entre tutoras e tutores é sobre a melhor alimentação para o pet. Qual a melhor ração? E a alimentação natural ou a úmida, são boas? Sobre as rações são tantas informações e tantas marcas disponíveis no mercado que o tutor(a) acaba por escolher um produto pela embalagem, pelo marketing da empresa produtora, pela indicação de alguém ou, simplesmente, pelo preço – seja o mais caro, acreditando ser uma ração melhor; ou mais barato, por questão de  economia.
No entanto, a escolha deve ser feita de acordo com a composição nutricional, a adequada necessidade de nutrientes e a energia metabolizável informada pelo produto em relação ao estilo de vida do animal. Um veterinário ou zootecnista que entendam de nutrição de cães e gatos podem auxiliar.
Vamos falar hoje de rações, pois a alimentação natural (AN) será tema de reportagem deste espaço dedicado aos pets, não necessariamente apenas cães e gatos.
As rações são um produto prático e que possuem diversos benefícios. No entanto, abro parênteses a respeito deste termo equivocado, haja vista que ração, na realidade, significa dieta total, ou seja, tudo o que o animal ingere de sólido ou líquido para a sua mantença.
Aqui no Brasil as rações possuem categorias: standart, premium e super-premium, sendo o que as diferenciam é a qualidade, a biodisponibilidade e a digestibilidade dos ingredientes que as compõem.
E, sim, quanto mais nobres forem os ingredientes utilizados, em termos de digestibilidade, aliado ao incremento de tecnologias dietéticas como probióticos, prebióticos, fontes de ômega 3-6, adsorventes, moduladores do microbioma intestinal, dentre outros, melhor será o produto.
Dito isso, a praticidade das rações, ou seja, ou alimentos industrializados completos, é sem dúvida o seu ponto forte. Está sempre à mão, embalados, disponíveis, duram bastante e não estragam facilmente.
Por ser um produto industrializado e processado essa durabilidade não ocorre por mágica. É consequência da ação de conservantes/antioxidantes como os controversos BHT e o BHA, que merecerão um texto explicativo, que impedem a rancificação do produto por conta de fontes de gordura conhecidas por extrato etéreo.
Existem outros antioxidantes ditos naturais, como os extratos de alecrim e a vitamina E, e todos devem ser usados conforme tabelas nutricionais muito bem elaboradas e cientificamente dispostas, sendo que a regulação da alimentação animal é feito pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e a inspeção pelos órgãos de fiscalização sanitária.
Todas as rações, de standart a super premium, possuem o que é necessário para a mantença dos pets. São elaboradas por nutrólogos especializados em nutrição de pets, e as chamadas tops de mercado contam com uma equipe de pesquisadores que garantem uma alta absorção de nutrientes – muito bem formulados, diga-se.
Há muitos mitos sobre as rações, em especial as mentiras de que podem provocar doenças sérias como o câncer. Isso nunca foi comprovado por pesquisas sérias e randomizadas.
O que se sabe, de fato, é que as rações, em especial as bem formuladas e com ampla qualidade nos processos de produção, contribuíram efetivamente para a melhoria do aporte nutricional dos pets, um dos cinco parâmetros vitais estipulados pela Associação Internacional de Medicina Veterinária de Pequenos Animais (WSAVA, em inglês). E com isso a longevidade e a saúde dos animais de estimação, transformando-se em mais momentos de alegrias com quem tanto amamos.

Med. Vet. Me. Ubiratã Mariano de Souza
CRMV SP 53031

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