Gazeta Itapirense

Editorial: Porte de armas deve ser um direito para qualquer pessoa?

É respeitável e legítima a defesa do direito cidadão de ter acesso às armas de fogo. Mas será que tanta facilidade não gera fatalidades desnecessárias? Será que todos os brasileiros estão aptos a ter uma arma legalizada, ou não, à sua disposição?

Por exemplo, é possível entregar uma arma a uma pessoa com transtorno de personalidade? Em geral, essas pessoas nem sempre são reconhecidas, salvo por especialistas. Em geral, o comportamento tende a ser dissimulado.

Pessoa com transtorno de personalidade tende a apresentar parte ou todos esses sintomas de forma excessiva: desconfiar dos outros, achar que vai ser enganada; ter pensamento e crença incomum/bizarro; não reconhecer os sentimentos e as necessidades dos outros, ter pouca empatia; mentir com facilidade; ser altamente emotiva e dramática; ter necessidade de atenção e aprovação; preocupar em demasia com regras; colocar o trabalho acima de outros aspectos da vida; não controlar a agressividade; ser impulsivo, perfeccionista, ter baixo nível de flexibilidade e ter necessidade de estar no controle, sempre.

Estima-se que o Brasil reúna entre 20 e 30 milhões de pessoas com transtorno de personalidade. É muita gente. Pessoas que ao possuírem uma ou mais armas de fogo, diante de outras que elas julgarem merecedoras, intempestiva ou planejada, não hesitarão em apontar e matar.

O grande problema é que dependendo do transtorno de personalidade um ou mil armas não são suficientes para matar pessoas inocentes; usa-se, por exemplo, quatro aviões comerciais de passageiros, como em 11 de setembro de 2001.

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