Gazeta Itapirense

EDITORIAL: 2022; uma eleição baseada no ódio

A eleição do ano que vem, se nada mudar até lá, dificilmente oferecerá um presidente com propostas concretas para o país. O campo de batalha será outro. A última pesquisa que mediu o grau de rejeição dos candidatos mais conhecidos apontou uma perspectiva desoladora. Os entrevistados ao serem questionados em qual nome não votaria de jeito nenhum: 61% citaram Bolsonaro; 51%, Ciro e Datena; 48%, Doria; 34%, Lula. Esse levantamento foi realizado entre os dias 2 e 4 de agosto de 2021, pelo PoderData, que é a divisão de estudos estatístico do Poder360.

Esses números não são suficientes para cravar o nome do futuro eleito. Apesar do alto índice que cada um carrega, tudo indica que o próximo presidente sairá dessa lista e será a primeira vez que o Brasil elegerá um nome com rejeição acima de um terço apontado nas pesquisas.

Pelo andar da carruagem, o próximo presidente não será escolhido pelo que ele poderá fazer de bom para Brasil, mas pela aversão que o eleitor terá em relação aos demais candidatos. Tecnicamente, esse procedimento sempre ocorreu, a diferença é que desta vez, o ódio será o grande motivador.

Quando o ódio e não a capacidade de governar prevalece na escolha de um presidente, considerando os altos índices de rejeição, qualquer um dos mais conhecidos que for eleito terá um caminho seriamente prejudicado e quem perderá nessa história, para variar, será o povo. Eis mais um bom momento para Deus se mostrar brasileiro. Assim seja.

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