Drone já atua na pulverização de lavouras em Itapira
A tecnologia do uso de drones dentro da agricultura chegou a Itapira e, pelo visto, veio para ficar. Na tarde desta quinta-feira, 09, a área de uma fazenda que fica na SP-147, nas proximidades do bairro dos Limas, teve o trabalho de pulverização feito por estes veículos aéreos não tripulados (VANTs).
O trabalho com o equipamento voador foi usado na Fazenda Santana e esteve sob o controle de Alex Issa, da empresa Demeter Drones. Quem acompanhou a pulverização foi o engenheiro agrônomo itapirense Luiz de Sá, profissional renomado e que por muitos anos atuou na CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) de Mogi Mirim.
“O drone se tornou uma ferramenta muito importante para o produtor rural nas aplicações de defensivos agrícolas em geral, com várias vantagens. Entre elas podemos destacar que pode ser feita em culturas de qualquer altura, hoje mesmo está sendo feito em uma lavoura de sorgo que tá com um metro e meio de altura e não dá para entrar mais com trator. Nós estamos tendo ataque em nossa região de lagartas, percevejos e pulgão e a pulverização neste caso é essencial para garantir a produtividade”, destacou Luiz de Sá.
Ele enumerou outras vantagens que o drone traz para quem contrata os serviços: “quando se usa o trator para pulverizar acaba passando por cima da cultura, acarretando na perda de parte da produção que acaba macetada. O agricultor passa a não ter que usar mais seu maquinário, o que é outra vantagem, sem contar que enquanto o drone faz o serviço, você pode ir fazer outro trabalho na propriedade”, avaliou o engenheiro agrônomo.
“E tem outro detalhe, é tudo via GPS, você joga a dose certa, sem desperdício com baixa quantidade de água. Só para comparação, com o drone se gasta 10 litros de água por hectare enquanto que com o trator são sem litros de água para a mesma área. O custo de aplicação gira em torno de R$ 150 a R$ 200,00 por hectare, dependendo o grau de dificuldade”, pontuou Luiz de Sá.
Outro importante benefício se diz respeito à saúde do tratorista que no trabalho de pulverização via trator, que muitas vezes não tem cabine, está no meio dos defensivos, mesmo utilizando equipamentos de EPI. Já com o drone a área é mapeada via satélite e ninguém fica exposto diretamente.
Do mesmo jeito que ocorreu com a chegada da colheitadeira de cana de açúcar, em breve o itapirense verá de forma mais corriqueira o sobrevoo de drones nas lavouras da cidade.