Gazeta Itapirense

Dicas & Opiniões: Batata fria, não queima

As crianças, pelo menos na minha época, tinham uma brincadeira chamada, Batata Quente, em que cada hora “a batata” era jogada para alguém, até o momento em que ela queimava e o participante que estava com ela, perdia. Hoje, já adulto, vejo essa brincadeira acontecer, de uma forma mais real, em nosso país.
Estamos todos jogando um jogo, em que a cada momento uma pessoa perde, porque estava com ela, “a batata quente”, ou no nosso caso, a decisão e a responsabilidade. O momento atual é um momento em que um vírus está contaminando milhares de pessoas e matando outras milhares. Mesmo com a vacina, que graças aos cientistas, ela já está entre nós, levará um tempo até que todos estejam inteiramente vacinados e protegidos. Mas até esse momento, que aguardo ansiosamente, como ficará a situação dos comerciantes, dos empresários dos médios e pequenos negócios que não têm recursos suficientes para se adaptarem ao moderno mundo, que se tornou em época de Covid-19?
A cada dia, há notícias de lojas, de academias e de estabelecimentos que comunicam o fim de sua história, ao mesmo tempo em que pessoas reais também estão finalizando suas histórias, todas por um mesmo motivo, o coronavírus. Chegou o momento de Juntos, com J maiúsculo, começarmos a repensar nossas atitudes, nossos decretos e planejarmos soluções que auxiliem a todos, que façam com que a cada dia, menos fins aconteçam.
O comércio, as academias, os restaurantes necessitam da ajuda da prefeitura e da população, para continuarem existindo. Que atitudes devemos adotar para que as coisas voltem a funcionar, voltem a gerar rendas, empregos?
Lembro que no período em que o comércio pôde abrir suas portas, os comerciantes já tinham se adaptado, restringindo a quantidade de pessoas no estabelecimento, exigindo o uso de máscaras e disponibilizando álcool em gel e outras formas de atendimento. Agora, com essas medidas que estão sendo tomadas, podíamos nos juntar à fiscalização da prefeitura, nas ruas e nas avenidas da cidade para observar como a população está se comportando, aumentar o período de funcionamento, para que as pessoas não se encontrem todas em um mesmo período de funcionamento. E é claro, a população se cuidando mais, usando máscaras SEMPRE, evitando aglomerações e, principalmente, respeitando às normas e às leis.
É tempo de união, uma união que se faz necessária para que tenhamos o comércio e os estabelecimentos existindo. Noto que alguns gestos de união estão presentes nas lives, através da doação de brindes de uma loja para outra, ou como fez a loja Bia, doando parte da arrecadação à compra de produtos de higiene para instituições da cidade.
Proponho a você leitor, nesta semana, fazer um gesto de solidariedade, nem que seja dizer um “Bom dia” a alguém (virtual ou presencial) e proponho também, nos unirmos para pensar em formas de fazer com que as portas dos estabelecimentos abram e permaneçam abertas, sem que recaiam neles a culpa pelo fim de muitas vidas. Está na hora de esfriarmos “a batata”, antes que ela queime mais alguém.

Boa semana e bons gestos de solidariedade a todos!

Nelson Theodoro Junior

 

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