Curso pode transformar Itapira em polo de uva e vinho
Cerca de 12 pessoas participaram nesta sexta-feira, 02, na Casa da Agricultura de Itapira, de um encontro em que foram explanadas as oportunidades econômicas do plantio de uvas destinadas à produção de vinhos.
O encontro, chamado de sensibilização, foi promovido pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e precede o curso sobre a produção de uvas viníferas, com duração de cerca de um semestre, dividido em módulos.
O interesse na atividade tem chamado a atenção de agricultores itapirenses e de potenciais empreendedores rurais, inclusive de fora do município que desejam investir aqui, devido ao crescimento desta cadeia produtiva considerada rentável e com interfaces com o turismo rural.
É o caso do engenheiro mecânico Luís Antonio Stevanato, de Campinas, que possui propriedade rural em Itapira. Ele está bastante interessado nas potencialidades que a cidade detém para o desenvolvimento do turismo rural aliado à viticultura.
“É uma grande oportunidade, sem dúvida alguma, e um curso como esses, que ensina técnicas diferenciadas como a poda invertida, popularmente conhecida como colheita de inverno, pode nos capacitar a atingirmos bons níveis de produção”, destacou.
No entanto, para Stevanato, cuja família tem propriedade no bairro rural do Tanquinho, o grande interesse está no turismo rural. Seu sonho é transformar o sítio em um grande receptivo a partir de uma pousada. “E a produção de uvas e de vinhos é um grande atrativo”, observou.
A encontro de sensibilização foi ministrado pela agrônoma Silvana Salles Bueno, do Senar e doutorado pela Esalq USP, pesquisadora aposentada da Cati e especialista em fruticultura e de sistemas produtivos de uvas.
O agrônomo chefe da Casa da Agricultura de Itapira, Carlos Eduardo Canivezzi Antunes, classificou o curso do Senar como muito completo, e ainda frisou que vem notando um crescente interesse na produção de uvas e vinhos em Itapira, notadamente devido ao sucesso das atividades em cidades vizinhas como Amparo e, principalmente, Espírito Santo do Pinhal.
“Mas para que a atividade floresça é fundamental a capacitação e o conhecimento de técnicas de produção”, observou.
Ainda de acordo com Carlos Eduardo, os segmentos econômicos do turismo rural que podem se desenvolver, em conjunto com a viticultura são a hotelaria, o comércio, produtos artesanais e orgânicos, charcutaria, mel, derivados do leite, dentre muitas outras.
“E isto somente vai acontecer quando o todo processo estiver amadurecido. E este curso do Senar poderá ser o início de tudo”, finalizou.
