Gazeta Itapirense

Coletivo Juntas promove atividade em celebração ao Dia da Mulher

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970. A data marca a luta histórica das mulheres por direitos iguais, melhores condições de trabalho e salário equiparado ao dos homens.

Ao longo dos anos, outras lutas se somaram à causa, como a luta contra a violência e o machismo. É nesse contexto que o Coletivo Juntas Itapira organiza o ato “Mulheres nas ruas contra o fascismo e pelo direito de existir e decidir”.

O evento

O evento, idealizado pelo coletivo e apoiado pelo PSOL e pelo mandato do vereador Leandro Sartori, acontecerá no dia 9 de março, sábado, a partir das 10h, na Praça Bernardino de Campos.

A necessidade do ato se faz evidente diante do cenário preocupante da violência de gênero no país, que segue em alta.

Dados preocupantes

Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revela um crescimento de 33,7% nos feminicídios entre os primeiros semestres de 2022 e 2023, passando de 83 para 111 casos. Esse aumento significa que, a cada dia, 1 mulher foi vítima de feminicídio no Brasil durante esse período.

A pesquisa “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil” indica que 50 mil mulheres sofreram algum tipo de violência a cada dia em 2022. Isso representa um total de 18 milhões de mulheres vítimas de violência ao longo do ano.

No estado de São Paulo, os feminicídios cresceram 33,7% (de 83 para 111 casos) entre os primeiros semestres de 2022 e de 2023, segundo o levantamento do FBSP.

Além da violência física, as mulheres ainda enfrentam disparidades salariais, menor representatividade política e diversos desafios no mercado de trabalho. Em 2022, as mulheres recebiam, em média, 20% a menos que os homens para o mesmo cargo. As mulheres ocupam apenas 15% dos cargos de liderança nas empresas brasileiras.

É preciso ocupar as ruas

Para o Coletivo Juntas, a luta por direitos iguais e por uma sociedade livre de violência contra as mulheres exige mobilização constante.

É essencial manter a articulação entre os movimentos sociais, a diversidade de movimentos feministas e de mulheres para enfrentar os sistemas racistas, machistas, LGBTfóbicos e capitalistas, os quais perpetuam diversas formas de violência que persistem em calar as mulheres.

A dupla que atualmente coordena o Coletivo reforça que a mobilização nas ruas é parte fundamental para a transformação da sociedade. Segundo Jennifer Karoline, “devemos ir às ruas porque nossos direitos já conquistados não estão garantidos, são violados e constantemente ameaçados”.

Camila Piva completa afirmando que “enquanto houver mulheres em situação de sofrimento, de opressão e de desvalorização, a luta não termina”.

O ato do dia 9 de março é um convite à participação de todas as mulheres e pessoas comprometidas com a justiça social. Através da união e da resistência, é possível construir um futuro mais justo e igualitário para todas as pessoas.

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