Circulação de pessoas cai 90% no primeiro dia de fechamento no Guaçu
Pelo menos aparentemente, neste primeiro momento, as autoridades de Mogi Guaçu atingiram o objetivo inicial de inibir a circulação de pessoas no período de isolamento mais rígido (lockdown) decretado pelo prefeito Rodrigo Falsetti, que começou nesta terça-feira, dia 02 e vai até o dia 09.
Segundo estimativa das autoridades, o movimento de pessoas e veículos caiu cerca de 90% neste primeiro de sete dias de fechamento (quase) total, o famoso lockdown. A GAZETA visitou a vizinha cidade no período da manhã e constatou que ainda sim muitas pessoas circulando pelas ruas, algumas delas sem máscaras.
A situação mais inusitada foi registrada na divisa entre Mogi Guaçu e Mogi Mirim, na ligação interna, onde na avenida Mogi Mirim, seguramente aquela com maior movimento de veículos nas três cidades que compõe nossa micro-região (Itapira no meio). No lado mogimiriano vida normal. Do outro lado da divisa, tudo parado.
No local se concentram dezenas de revendas de veículos. Luiz Francisco Rocha, dono da Shop Car, no lado mogimiriano, dizia que apesar de ter a vantagem de poder abrir, a situação como um todo era muito difícil. “Sem a circulação de pessoas que vem de Mogi Guaçu, vou ter queda meu movimento”, raciocinava. Mais abaixo, no lado guaçuano, A GAZETA encontrou o dono de uma outra revenda dando duro, mas com a porta fechada. “Estou aproveitando para fazer limpeza e manutenção dos carros”, justificou.
E quem funcionou reclamou do movimento. Em uma agência lotérica, a atendente informou que o movimento caiu 90% com relação a um dia normal. Mesmo raciocínio do frentista Luiz Xavier, que trabalha em um posto na avenida dos Trabalhadores. “O movimento neste horário (por volta das 11h30) é intenso. Não dá nem para acreditar que estamos vendo esta calmaria toda”, colocou.
Fiscalização
Na região central a situação era parecida. Uma das lojas fechadas era a Girassol, Moda Íntima e Sex Shop, cuja matriz é de Itapira. Bem perto dali, uma viatura da Guarda Municipal, visitava a loja de um comerciante de calçados, única loja aberta nas imediações. Os GMs Lucas e Gisele, contaram que a orientação é conversar primeiro e autuar em caso de reincidência. Ainda segundo Gisele, o período da manhã seria reservado para fiscalizar estabelecimentos comerciais e no período da tarde a ação iria se voltar para as pessoas que circulavam pelas ruas. “Também iremos fazer da mesma forma. Vamos orientar as pessoas a ficarem em casa. Se houver resistência, elaboraremos um Boletim de Ocorrência”, afirmou.
