Chico Vieira fica de fora da etapa final do paulista sub-20

Com despedida dolorida da Esportiva do torneio depois de perder em casa na segunda-feira, 15, para a excelente equipe do Grêmio Audax (Osasco) por 2×1, ficava uma indagação se a Ponte Preta – que segue em frente no torneio –  poderia mandar o jogo contra o Santos aqui em Itapira, talvez com possibilidade de receber público. Possibilidade descartada com o agendamento da partida para o dia 25, em Campinas, da partida de volta a partir das 15h00 No Moysés Lucarelli.

A GAZETA consultou a assessoria de comunicação do clube campineiro sobre o assunto, que saiu pela tangente. Segundo o que foi informado, a possibilidade de receber torcida é uma questão que envolve somente a Federação Paulista de Futebol (FPF) e o mando de campo parece já ter sido definitivamente resolvido com a escolha do Moysés Lucarelli. Já a Secretaria Municipal de Esportes foi direto ao ponto. “O sub-20 da Ponte Preta não vai mandar mais jogos aqui na cidade”, manifestou-se o Secretário de Esportes, Flávio Boretti, aparentemente, também incomodado com a situação.

Acontece que o sub-20 da “macaca”, assim como outras equipes de sua base, vinham utilizando a  partir de agosto o Chico Vieira, dada a escassez de bons palcos em Campinas e também para não judiar – em plena estiagem – ainda mais do Moysés Lucarelli, cuja prioridade, evidentemente, são os mandos de jogos da equipe principal que disputa a Série B do brasileirão.

A Ponte mandou cinco jogos da equipe sub-20 aqui em Itapira e terminou a fase classificatória invicta (assim como a Esportiva) e liderando o grupo. Seu último jogo foi disputado no dia 30 de setembro, quando venceu ao Brasílis de Águas de Lindoia por 2×0. Voltou a jogar em casa, já na segunda fase, no dia 21 de outubro, quando recebeu no Moysés Lucarelli ao Tanabi e viu a série invicta virar fumaça ao perder por 1×0. A Ponte terminou em primeiro lugar no grupo 12, com 11 pontos.

Desdém

Há quem veja no gesto da diretoria da Ponte Preta em nem ao menos considerar mandar um jogo aqui no Chico Vieira nas fases decisivas, um certo desdém para com a cidade. “Acho muito cômodo dizer que é a FPF quem determina o local dos jogos. Duvido se houvesse um pedido formal neste sentido se a cartolagem iria negar. Caso negasse seria um enorme contrassenso, já que permitiu que a Ponte jogasse cinco vezes aqui e sempre muito bem acolhida. Achei a maior trairagem”, disse um desportista, torcedor “da Esportiva primeiro e depois do Santos”, que preferiu ficar no anonimato, “para não polemizar”.

Ponte avança no torneio e nem cogitou mandar um jogo aqui em Itapira em sinal de retribuição