Gazeta Itapirense

CDRS introduz em Itapira nova variedade de capim para silagem

A Coordenadoria Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, iniciou na semana passada, em duas propriedades rurais aqui de Itapira, um experimento com uma nova variedade de capim, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Agropecuária (EMPBRAPA – órgão do Ministério da Agricultura).

Denominado de capim capiaçu, a cultivar é derivada do capim elefante, pouco comum na região de Itapira. O engenheiro agrônomo Luís de Sá, da CDRS, é quem faz o acompanhamento técnico do experimento. Segundo ele, foram plantadas com aprovação e participação dos proprietários, 10 mil mudas em cada propriedade. “Trata-se de uma cultivar que apresentou uma produtividade muito atraente em comparação, por exemplo, com duas forrageiras tradicionalmente utilizadas aqui em Itapira, que são o milho e a cana de açúcar. O milho costuma render 50 toneladas por hectare, a cana 100 toneladas; enquanto que o capiuaçu rende até 300 toneladas”, explicou Luís de Sá.

Forrageiras são plantas destinadas ao armazenamento em silos, para alimentar ao gado durante a estação mais seca, quando as pastagens rareiam. Das cidades da região, Itapira é aquela que possui o maior rebanho de bovinos, com estimadas 33 mil cabeças. A maior parte dos criadores adota a silagem como meio de alimentar seu gado durante o outono, inverno e parte da primavera.

Luís de Sá informou ainda que o plantio deve ocorrer sempre no período das águas. Segundo ele, existe toda uma literatura que cerca o desenvolvimento da gramínea, que disseca fatores como tipo de terreno, espaçamento das plantas, controle de pragas, adubação, momento do corte e até o tamanho das partículas quando for o momento do corte.

Foram plantadas 10 mil mudas da cultivar em duas propriedades na zona rural da cidade

Com 50 dias já é possível realizar o corte, quando a planta atinge quase 2,5 metros de altura.  Com 110 dias, a altura passa dos 4 metros. Outra informação importante é a de que o custo por hectare gira em torno de R$ 4.100,00, bem mais em conta do que o investimento necessário para  a utilização da cana e do milho.

 

 

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