Boa notícia: Usina pode voltar a funcionar em Itapira
O caso ainda vem sendo tratado a sete chaves e com uma dose generosa de prudência, mas existe a possibilidade da Usina Nossa Senhora Aparecida, em Itapira, voltar a funcionar.
Isso tudo graças a uma operação que envolveu a Usina Itajobi, de São José do Rio Preto, e a direção do Grupo GVO, que é o mantenedor, além da usina itapirense, de outras três: Catanduva, José Bonifácio e Monções.
A Usina Itajobi uniu forças com o Grupo Virgolino de Oliveira (GVO) e será feita uma parceria para a moagem de cana pela Usina Catanduva. A empresa estava sem operar, igual a de Itapira.
Quem fez o anúncio foi a Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Catanduva, que intermediou a reunião entre as unidades industriais e os fornecedores.
“Fizemos um contrato de parceria onde envolve um financiamento para reforma da indústria, que já foi iniciada com aporte feito pela Usina Itajobi e um contrato em que a Usina Itajobi nos fornece a matéria-prima. Nós industrializamos e devolvemos o produto para ela. Em cima disso, o Grupo Virgolino terá uma participação”, afirma Marcos Roberto dos Santos, diretor executivo da GVO.
Com a parceria firmada, toda a negociação de cana de fornecedores da região será de responsabilidade da Usina Itajobi, inclusive os pagamentos. “O mais importante que temos aqui é a retomada de uma usina de 1950, a promoção de mil empregos e a arrecadação para os municípios em nossa volta e, consequentemente o desenvolvimento”, afirmou João Mourad, sócio proprietário da Usina Itajobi.
Usina de Itapira
O que vem sendo ventilado é que ainda em 2024 algum tipo de operação poderá ser feita em Itapira, com a possibilidade das instalações serem usadas como um armazém geral da Usina Itajobi. Por enquanto são apenas especulações.
Em relação ao plantio e moagem em Itapira, uma fonte do setor consultada por A GAZETA que preferiu o anonimato disse que isso parece ser pouco provável no momento: “A Usina Itajobi está dando preferência para áreas 100% mecanizáveis, o que não é o caso de Itapira. Mas negócio é negócio, pode ser que eles venham para cá e atuem nas áreas em que as máquinas possam trabalhar e também é provável que a estrutura da usina itapirense seja usada como entreposto. Tudo é possível”, esclareceu.
Segundo esta mesma fonte, os comentários dentro do setor sucroalcooleiro é de que essa primeira parceria da Usina Itajobi com o Grupo GVO com a Usina Catanduva é o primeiro passo que pode sim envolver as outras três unidades do grupo: “concretizando a negociação em relação à Itapira, pode ter certeza quem em breve serão gerados centenas de empregos por aí. Os números que envolvem essa operação são estratosféricos. Para se ter uma ideia na Usina Catanduva serão 1.000 postos de trabalho”.
Limpeza geral
Nossa reportagem manteve contato na tarde desta terça-feira, 19, com pessoas que vêm atuando na usina itapirense. O local passa por uma grande operação de limpeza com a presença de várias máquinas e pessoas.
Eles contaram que desde o fechamento da UNSA esta é a primeira vez que uma ‘operação de guerra’ na parte de limpeza é montada.
“Com certeza estão preparando para algo maior, tomara que logo reative nossa usina”, disse um das pessoas que atuam por lá.