Gazeta Itapirense

Bebê ‘apressadinha’ chega e pai é obrigado a fazer o parto em casa

A pequena Luara veio ao mundo na madrugada desta segunda-feira, 20, de uma forma pouco convencional nos dias de hoje: ela nasceu em sua própria casa em um trabalho de parto que envolveu apenas sua mãe e seu pai.

Tudo ocorreu às 4h45 quando a mãe, Brenda Islaine Rodrigues, de 32 anos, sentiu fortes contrações. “A dor foi aumentando, eu aguentei um pouco, mas não deu tempo pra nada, ela veio que veio”, contou,

Ela disse pra nossa reportagem que, apesar do susto, deu tudo certo: “eu senti o ‘pic’ que falam que dá no parto, a bolsa estourou e eu fiz uma força maior ainda, com meu marido me ajudando a puxar ela. Foi tudo muito rápido, na nossa cama mesmo pois se eu levantasse para vir pro hospital corria o risco dela cair no chão. Na hora foi muito apavorante, uma dor insuportável, dói muito. Quando vi que ela iria sair mesmo, tive que fazer mais força ainda. Foi um parto igual de antigamente, em casa mesmo, estou emocionada até agora”, disse a mamãe, toda sorridente com a chegada do quarto filho.

O pai não escondeu que o nascimento de forma inesperada da filhinha o deixou meio abalado na hora: “fiquei um pouco apavorado na hora que vi a cabecinha dela saindo pra fora, mas não tinha o que fazer, tinha que agir né. Eu coloquei a mão e fui abrindo para puxar com todo cuidado pela cabecinha, depois que ela nasceu enrolei ela numa toalha e dei para a mãe”, contou Caíque Rafael Lourenço, 30 anos.

Papai e mamãe com a pequena Luara: susto e final feliz

Ato contínuo o pai acionou o SAMU que ao chegar na residência do casal tomou as primeiras providências para atender mãe e filha entre elas, cortar o cordão umbilical.

Depois disso todos rumaram para o Hospital Municipal onde foram prontamente atendidos, com o corpo clínico fazendo os exames de praxe em abas, constatando que tudo havia ocorrido como nos ‘conformes’.

A bebezinha apressadinha nasceu com 2,670 quilos e, tanto ela quanto sua mãe, estão com alta médica marcada para a próxima quarta-feira.

Conversamos com o médico ginecologista Newton Santana que estava pelo Hospital Municipal onde exerce a função de diretor administrativo desde o último dia 1º de janeiro.

“Geralmente isso acontece quando a mãe já teve vários partos normais, dessa forma a púbis dela, toda a pelve dela já é mais preparada para parto normal. Isso é uma bênção. Isso acontece, hoje nem tanto porque os casais têm poucos filhos, mas antigamente era bastante comum os filhos nascerem em casa sem problema nenhum. Já tive caso assim na Santa Casa. Na obstetrícia é isso, quando é fácil é fácil, quando complica, complica mesmo, independente se é em caso ou no hospital”, explicou Dr. Newton Santana.

Dr. Newton Santana: “isso é uma bênção”
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