Gazeta Itapirense

Artigo: Seu signo pode não ser mais aquele, por Nino Marcati

Eu nunca acompanhei as previsões astrológicas do meu signo de Touro, apesar de minha mãe ter sido uma fã fervorosa do astrólogo Omar Cardoso. Como capricorniana, ela nunca perdia as previsões diárias transmitidas por suas emissoras de rádio favoritas. Ela ficaria triste ao saber que, atualmente, os signos do zodíaco podem ter mudado. Explico:

Os signos foram definidos pelos babilônios (antiga Mesopotâmia, atual Iraque) há mais de dois mil anos, baseando-se na posição das constelações no céu em cada época do ano. Com o tempo, o Polo Norte, eixo da Terra, passou a apontar para diferentes posições no céu, mudando, assim, as posições das constelações.

Hoje, a estrela Polaris (Ursa Minor) está alinhada com o eixo da Terra, mas na época da definição dos signos, o alinhamento era com a Alpha Draconis (Draco). Portanto, se o ponto de referência mudou, o signo também deveria ter mudado, considerando que os astrólogos se baseiam na localização do Sol em relação à constelação no momento do nascimento.

São mais conhecidos dois movimentos da Terra estudados nas escolas: de rotação, que define o dia e a noite, e o de translação, responsável pelas estações. Apesar de menos conhecido, a Terra também possui o movimento de precessão, bastante lento, semelhante ao movimento de um pião. Enquanto a Terra leva 365 dias para completar uma volta ao redor do Sol, o período de precessão dura 26 mil anos. No final do atual período de precessão, estaremos na constelação de Vega. Assim como serão necessários treze mil anos para o percurso Polaris-Vega, outros 13 mil anos serão necessários para o percurso Vega-Polaris. Portanto, a visão humana das estrelas muda com o tempo e com o avanço do conhecimento.

O Observatório Europeu do Sul fez alguns cálculos e concluiu que, por exemplo, quem nasceu no início do mês de maio do ano 200 seria de Áries, mas quem nasceu na mesma data no ano 2000 seria de Touro e quem nascer no mesmo período do ano 4000, será de Leão. Muito doido, né? Mas é ciência!

Por: Nino Marcati

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