Artigo: O futuro das fake news!, por Nino Marcati
As redes sociais tornaram-se uma parte essencial do nosso cotidiano, influenciando desde escolhas políticas até compras triviais. Elas possibilitam a conexão com amigos e familiares, fornecem uma ampla variedade de informações e notícias, dão voz às minorias e facilitam a organização de movimentos sociais e campanhas, entre muitas outras vantagens. No entanto, esse poder também facilita a disseminação de desinformação, golpes cibernéticos e ataques à reputação, promovendo polarização e conflitos. Será que conseguiremos superar esses aspectos negativos?
Segundo muitos, a solução reside na regulamentação das Big Techs. Essas empresas devem ser responsabilizadas pelo conteúdo em suas plataformas, investindo em moderação, transparência nos algoritmos, ferramentas de verificação de fatos e remuneração dos criadores de conteúdo.
O problema começa quando muitas pessoas buscam informações que confirmem suas próprias crenças, criando bolhas informativas. Nessas bolhas, os usuários só veem pontos de vista semelhantes aos seus, tornando-se resistentes a opiniões divergentes. A falta de verificação e comprovação das informações agrava a situação, comprometendo o pensamento crítico. Além disso, o uso excessivo das redes sociais pode causar vício, ansiedade e depressão, prejudicando a saúde mental dos usuários.
É evidente que as empresas resistirão a essas mudanças, pois lucram com o engajamento; posts alarmistas e negativos geram mais interações. Moderar conteúdo, verificar fatos e remunerar criadores resultam em custos adicionais e menor lucro. No entanto, os 85.000 funcionários demitidos pelas cinco maiores Big Techs americanas em 2023 indicam mudanças futuras. Elas devem estar percebendo que, mais cedo ou mais tarde, precisarão implementar mecanismos de controle para garantir a fidelidade de usuários e anunciantes.
A regulamentação em democracias é complexa, ao contrário de países autoritários, onde o processo é mais rápido. Contudo, antes que leis sejam aprovadas, é possível que os próprios usuários comecem a rejeitar postagens, semelhante ao que ocorreu com a mídia tradicional. Isso pode levar muitas empresas a reduzir ou cortar publicidade nas plataformas mais negligentes. Para evitar essa situação, as redes sociais precisarão enfrentar o problema de forma eficaz; caso contrário, poderão perder relevância.
Por: Nino Marcati