Gazeta Itapirense

A região precisa de mais receita e o Carnaval é uma oportunidade

Há algum tempo, comento que o mundo precisa se movimentar cada vez mais com ações positivas, em todos os sentidos. Os movimentos geram outros movimentos e acabam criando demandas que, às vezes, não imaginamos.

Muitas atividades foram deixadas para trás, principalmente, por escolhas feitas por pessoas despreparadas e sem olhar os números ou as estatísticas confiáveis. Acreditaram que algumas atividades eram desnecessárias, afirmando ser desperdício de dinheiro.

Isso aconteceu com o Carnaval, na maioria das cidades de nossa região. Onde antes havia uma alta demanda de visitas e de participação popular, hoje, são vultos de um passado, deixando espaços para as drogas e para os bandidos aliciarem novos integrantes.

O Carnaval não é apenas folia, ele é motivo para atrair visitantes para nossas cidades, os tão desejados turistas, que vêm com recursos para gastar no comércio, nos bares, nos restaurantes e nos hotéis. O Carnaval é um grande gerador de empregos, nos mais diversos setores da economia, das costureiras aos motoristas de Uber, sem distinção.

Segundo o Ministério do Turismo, o Carnaval deve gerar este ano mais de 36 milhões de pessoas em 6 cidades brasileiras. O que obriga o setor público dessas cidades a investir em segurança, meios de transporte e benefícios para seus moradores. Sem falar que esse número de pessoas vai gastar nas cidades. Realizando uma conta bem baixa, se cada uma delas deixar na cidade R$ 100,00, haverá R$ 360 milhões de reais em circulação. E ainda tem os valores dos patrocínios das empresas para falar com esse público.

Alguns podem mencionar que isso é apenas para cidades grandes, afirmo com conhecimento de causa, é para todas as cidades. Os investimentos retornam com certeza. Um exemplo: em Mogi Mirim, montamos uma Bateria de Escola de Samba que se chama SAMBAFAM, conseguimos unir 40 pessoas, entre bateristas e apoio, recebemos alguns patrocínios, que foram investidos em camisetas e em instrumentos.  Além de que todos os integrantes, por estarem no movimento, acabaram investindo em detalhes particulares, como tênis, bermudas, chapéus, maquiagens e outros adereços.

Também foi preciso contratar equipamentos de som, transporte para os instrumentos e pessoas, lanches, refrigerantes, água, peles para manutenção dos instrumentos. Resumindo, em média estimamos que a montagem gerou uma movimentação financeira, no comércio local, entre R$ 40.000,00 e R$ 50.000,00.

Esses recursos estariam parados em contas bancárias, sem gerar nada e devido ao “movimento” foram para as ruas, gerando riqueza, renda e alegria.

Esse é um pequeno exemplo de como as ações que geram movimentos trazem retorno. Investir nos eventos culturais ou melhor nas atividades, fazendo as pessoas saírem de casa, gera riqueza para todos.

Assim, quantas atividades durante o ano podem ser boas oportunidades, a folia de reis, o forro nas festas juninas, os desfiles cívicos, os bingos da vovó e o Natal são exemplos que geram muita renda para toda nossa região. Agora, o detalhe é que os eventos geram movimentos, lembre-se até o mundo gera, se ele parar, tudo acaba.

Vamos pensar nisso juntos?

Fiquem com Deus!

Nelson Theodoro

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