Votação do reajuste dos vereadores pode ter ‘implodido’ grupo oposicionista
Além de um bafafá do tamanho do mundo pela cidade toda, a votação do reajuste no salário dos vereadores pode ter tido uma consequência política regada a nitroglicerina pura dentro do grupo que faz oposição ao prefeito Toninho Bellini.
Tudo em razão do voto favorável ao aumento por parte do vereador Maurício Cassimiro (PSDB) que foi ocupar a vaga de Carlinhos Sartori que esteve afastado por problemas de saúde.
A reação entre os oposicionistas foi imediata, em especial de membros do PL (Partido Liberal) que momentos depois lançaram uma nota contra o posicionamento de Cassimiro. Maurício Cassimiro foi eleito em outubro pelo PL.
“Declaramos que medidas cabíveis serão tomadas, e que tal ato é considerado uma traição aos princípios e valores do Partido Liberal”, disse parte da nota.
De quinta-feira, 05, pra cá o bicho tá pegando entre os oposicionistas, com os mais radicais querendo a expulsão de Cassimiro do grupo, acusando-o até mesmo de ter debandado para o lado bellinista.
Onde isso vai para ninguém sabe, mas tudo indica que a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal que ocorrerá em 1º de janeiro deve ter episódios hollywoodianos: briga, traição, xingamentos e virada de mesa. Vamos aguardar.
A certeza que se tem é que o tão propagado afastamento do deputado Totonho Munhoz de assuntos políticos de Itapira foi colocado de lado. Se queria férias eternas da política local, Munhoz na verdade terá um abacaxi cheio de espinhos para descascar.
Fontes ligadas a Munhoz, que preferem o anonimato, garantem que ele teve dias intensos com conversas via fone e reuniões em seu escritório político. As mesmas fontes garantem que a pressão maior para uma punição a Maurício Cassimiro está vindo de membros do PL.
Só resta saber se Munhoz vai ceder e aceitar ordens de membros do PL que não têm mandato ou se vai ficar ao lado de Maurício, que assume uma cadeira na Câmara em janeiro.
Quem conhece o temperamento e a forma de fazer política de Totonho Munhoz tem certeza que sua paciência será bem pequena em relação a qualquer tipo de pressão, ainda mais pelo momento que está vivendo na política estadual.
Se aqui tem esses quiproquós para consertar, dentro do Palácio dos Bandeirantes e na Assembleia Legislativa de São Paulo é tratado como um ‘semideus’.
O governador Tarcísio de Freitas não dá um passo na ALESP quando o assunto é desgastante sem antes falar com Munhoz. Os deputados estaduais dificilmente votam contra suas posições e, na grande maioria das vezes, seguem seus passos sem pestanejar. Líderes políticos da região e de todos os rincões do estado de São Paulo o procuram para pleitos e conselhos.
Tentamos pegar uma fala de Munhoz mas, através de sua assessoria, fomos informados de que “há dois meses o deputado deu entrevista para A GAZETA e disse que se afastaria da vida política de Itapira, portanto, qualquer assunto sobre esse tema deve ser discutido entre os membros que estão à frente do grupo. Munhoz não vai se manifestar sobre o caso”.