Gazeta Itapirense

De arrepiar!! – vigia encarou o diabo e uma bruxa no Cemitério da Paz

A madrugada fria e chuvosa de sábado passado, 30 de novembro, foi marcada por momentos de tensão e susto. Quem viveu estas situações foi o vigia Antônio Rodrigues Borba durante seu plantão no Cemitério da Paz.

Ele atua na segurança do local, cuidando de toda sua extensão territorial no horário que começa às 18 horas e vai até as 6 da manhã. Como vigia tem 25 anos de história só na Prefeitura de Itapira.

Destemido e acostumado a trabalhar nas madrugadas entre os túmulos e ver de tudo e mais um pouco, Borba, naquele dia, passou por maus bocados.

“Minha cachorra latiu forte e eu fui ver o que estava acontecendo, achei estranho. Olhei perto do portão lateral e vi uma ‘caminhonetona’ prata encostada lá e eu fui lá ver o que era aquilo”, expôs Borba.

Acostumado a ver por aqueles lados do bairro carros estacionarem para namoros, conversas e por aí vai, ele estranhou pela proximidade com que a caminhonete estava do portão de acesso de veículos do Cemitério da Paz.

Borba é acostumado a andar entre os túmulos pela madrugada e desta vez encarou o Trio Terror

Quando chegou perto do veículo a cena que viu foi de arrepiar os pelos até de alguém que já viu de tudo na calada da noite: “eu vi que tinha três pessoas, mas duas eram estranhas. O motorista da caminhonete era baixo e gordão, tava (sic) de camisa listrada, mas não falou nada. A mulher toda descabelada, tipão de bruxa, com os olhos saltados e a pele esquisita que eu nunca vi. Tenho certeza que era uma bruxa. Nisso o outro saiu de trás da sombra e falou “olha rapaz, nóis (sic) é coisa feia hein, nóis (sic) vai fazer um sarava aí, uma macumba, por onde que vamos entrar aí”, disparou homem.

Borba contou que o homem falava de uma forma diferente: “falava numa língua tão esquisita, tudo enrolado, não igual a gente tá conversando aqui agora não”. O vigia não sabe dizer como entendeu o que o sujeito disse quando lhe dirigiu a palavra.

Segundo Borba o homem era alto com mais de 2 metros, magro, estava de roupa preta, uma capa preta até o tornozelo com colarinho vermelho. O traje se completava com uma máscara preta apertada no rosto e “um chifre de cada lado da cabeça que media um palmo cada um”, segundo o vigia.

“Já vi de tudo nessa minha vida, desde quando trabalhei na Usina, mas nunca tinha visto um negócio desse, era o diabo em pessoa, com uma voz grossa e um olhar penetrante”, garantiu.

Borba peitou o diabo, a bruxa e seu parceiro e falou que iria tomar providência. Foi até o seu carro e acionou a Guarda Municipal, que em seguida enviou uma viatura para o local. Os gm’s percorreram o bairro mas não tiveram êxito em achar o ‘Trio Terror’.

Intenção dos ‘visitantes do além’ era entrar por este portão lateral do Cemitério da Paz

“Já tirei nóias, bêbados e desocupados de dentro do cemitério mas nunca em minha vida me deparei com um diabo e uma bruxa”, confessou.

Borba contou que logo depois que ligou para a GM eles subiram na caminhonete e passaram bem ao lado dele, com o diabo ameaçando: “nós vamos voltar”.

Até esta semana o ‘Trio Terror’ não retornou para tentar invadir o Cemitério da Paz. Talvez porque sabem que por aquelas paragens estará o atento e destemido vigia Borba, o homem que peitou o diabo e uma bruxa.

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