Após dar uma de ‘araponga’, Maísa Fernandes terá que encarar CPI
Depois de aprontar uma papagaiada onde gravou secretamente conversas com políticos itapirenses e personagens da política local, a vereadora Maísa Fernandes terá pela frente uma CPI.
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi aprovada na sessão deste dia 8 da Câmara Municipal, e tem como objetivo apurar possíveis irregularidades cometidas pela parlamentar.
O ‘pega’ principal da CPI se baseia nas gravações clandestinas contra colegas de parlamento: Beth Manoel (MDB), o presidente da Casa, Mino Nicolai (MDB), dentre outros agentes públicos.
O requerimento de abertura da CPI foi lido e, posteriormente, aprovado de forma unânime pelo plenário da Câmara, sendo de autoria dos vereadores de oposição Carlinhos Sartori (PSDB), Leandro Sartori (PSol) Carlos Briza (PP) e Cesar da Farmácia (Mobiliza).
Os vereadores da situação também aprovaram o requerimento, porém, consideraram a medida puramente eleitoreira, visando apenas o pleito municipal de outubro.
A votação do requerimento foi antecedida de muita discussão e tensão entre os vereadores, bem como de gritos por parte de alguns populares presentes à sessão.
No requerimento, os vereadores autores do documento alegam que Maísa teria cometido infrações e irregularidades que precisam ser investigadas. A própria Maísa postou um vídeo no Facebook afirmando que teria sido a autora das supostas gravações clandestinas, mas a pedido de um funcionário da prefeitura.
Trechos das gravações teriam sido difundidos em mensagens de aplicativos e redes sociais com conteúdos que revelariam distribuições de verbas, indicações em secretarias e outras negociações que ainda não foram comprovadas.
O presidente da Casa, Mino Nicolai declarou que a Comissão, que será composta por três membros, não poderia ser integrada pelos autores do requerimento, já que por apresentar a denúncia não podem participar como membros da CPI que irá investigar o caso.
Os vereadores Luan Rostirolla (MDB), Fábio Galvão (PSD) e André Siqueira (MDB) se colocaram à disposição para serem os integrantes da comissão.