Processo de óbito exige mais de 60 decisões das famílias
Anualmente morrem no Brasil cerca de 1,5 milhão de pessoas, segundo dados de 2022 do IBGE. De acordo com levantamento feito pelo Grupo Zelo, maior empresa de serviços funerários do Brasil, o processo prático após um óbito leva em média 6h para ser concluído e, nesse período, as famílias precisam lidar com cerca de 60 tomadas de decisão.
- Quem informar primeiro?
- Quais os detalhes da cerimônia de despedida?
- Quais são as regras e prazos legais que a família deve observar?
- O que fazer com documentos e contas bancárias?
Essas e outras questões foram consolidadas em um checklist, disponibilizado gratuitamente, para auxiliar nas questões práticas nesse tipo de caso. De acordo com Roberto Santana, diretor de operações do Grupo Zelo, o guia intitulado “O que fazer em caso de óbito”, oferece um apoio importante para as famílias. “Estamos falando de um momento de extrema fragilidade em que as pessoas ainda estão entendendo o peso do luto. Ao organizar e enumerar todos os passos desse processo, fica ainda mais evidente o grande esforço psicológico, financeiro e de tempo demandado pós-morte”, afirma Santana.
Planejamento e o tabu da morte
De acordo com uma pesquisa do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep), 73% das pessoas evitam o tema levando a um grande desconhecimento sobre todo esse processo. O fator emocional e também o tabu em torno do assunto leva 48,6% das pessoas a afirmarem que não estão prontas para lidar com a morte de outra pessoa
Esses números vão de encontro também à uma pesquisa da Euromonitor, encomendada pelo Grupo Zelo, que mostrou que 35,3% das pessoas não querem se preocupar com funerais. No entanto, pouco mais de 20% da população possui um plano funerário, de acordo com o mesmo levantamento.
Para Roberto Santana, é possível que no aspecto emocional nunca estejamos preparados para lidar com o fim da vida, mas sem preconceito a respeito do tema, é possível planejar e seguir alguns passos para tornar este momento um pouco menos difícil.
“Ainda em vida é possível deixar alguns aspectos planejados e informados para simplificar os processos. Esse é um dos benefícios dos planos funerários, além de oferecer um grande alívio financeiro para aqueles que ficam. Há uma série de informações e documentos que podem garantir que todas as decisões da pessoa sejam seguidas e respeitadas, como por exemplo a doação de órgãos e o desejo pela cremação. Ambos exigem que a manifestação de desejo ocorra ainda em vida e os mais preparados buscam formalizar esses atos em cartório” explica o diretor.