Jacutinga produz um dos cafés de excelência do Sul de Minas
O sabor único dos cafés artesanais conquistou o paladar dos itapirenses. É o caso do Café Tófoli, de Jacutinga (MG), que marca presença com seus aromas diferenciados do Arábica na Feira Noturna da Estação, todas as quartas-feiras.
Produzido a cerca de mil metros nos terroirs da vizinha cidade mineira, o café Tófoli se diferencia por ser cultivado com variedades de excelência, como o Catuaí Amarelo e o Arara, classificados como goumert (que apresenta mais de 80 pontos de classificação).
“São cafés que agradam bastante aos nossos clientes, pois são produzidos de maneira artesanal e com torra escura, a preferida dos consumidores, embora tenhamos outros tipos de torra, como a média, por exemplo, que é mais suave”, explica Adeilton Tófoli, o mineiro.
A lavoura é especialmente manejada pelo próprio Adeilton, mas conta com mão de obra especializada contratada esporadicamente. Tudo é feito com esmero e detalhes que garantem a qualidade e a persistência do sabor.
E o sucesso é garantido, tanto em Itapira como em Jacutinga, onde o produto é vendido no Mercadão Municipal.
Em Itapira, na Feira Noturna, o aroma oriundo do Café Tófoli chama a atenção, fazendo com que as vendas sejam disputadas. “Temos o café em grãos, para espresso, e o pó destinado ao coador”, menciona o produtor.
Adeilton destaca que a qualidade do café que produz não é obra do acaso.
É um trabalho de seleção e paciência, uma tradição passada de gerações na família Tófoli, desde 1888, quando chegaram os antepassados imigrantes da Itália.
“A nossa produção de café artesanal foi passada de geração em geração”, diz. “No começo, a variedade de arábica cultivada era apenas a Mundo Novo. Atualmente, implementamos novas cultivares, inclusive aquelas produzidas e pesquisadas pela Embrapa”, conta.
Adeilton destaca que esses novos cultivares são fruto de pesquisas de cruzamentos genéticos modernos, desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, destinadas a ofertar diferenciação produtiva tanto para cafés vendidos em grãos, como para cafés para coadores.
“São cultivares que propiciam um café com amargor leve e acidez controlada, com um corpo bastante intenso”, explica o produtor, que almeja conquistar novos patamares produtivos.
“O próximo passo é o desenvolvimento de um café especial. No entanto, estamos muito contentes com o patamar de qualidade que já atingimos e que agrada os apreciadores da nossa produção”, adianta.