Ascorsi comemora 13 anos mudando vidas em Itapira
Completados 13 anos no último dia 11, a Ascorsi (Associação dos Coletores de Resíduos Sólidos de Itapira), é uma das referências em reciclagem em toda a Baixa Mogiana. Também segue como porta aberta para mudanças de vida e exemplo de histórias de superação.
É o caso, por exemplo, da atual presidente Neusa Aparecida Almeida Pedroso, empossada na tradicional cerimônia de aniversário da associação. “Com a Ascorsi a minha vida, e da minha família, mudou para melhor. Com apenas a quarta série do primário as chances de eu conseguir um emprego são pequenas. Aqui tenho renda, amparo e cidadania”, declarou comovida.
Com um total de processamento de reciclados que ultrapassa a 30 toneladas por mês, a Ascorsi também ajuda a processar mudanças de mentalidade em relação ao meio ambiente, à coleta de resíduos e ao respeito a quem trabalha na coleta.
“A coleta seletiva é uma realidade em Itapira. Atualmente, empresas, instituições, e os próprios moradores dos bairros, têm em mente o quanto é importante reciclar”, destaca Neusa, que há 8 anos está associada. “A gente vai aprendendo que reciclar é colaborar com o bem de todos”, observou.
Uma das associadas mais antigas, Maria Luiza Conceição da Costa, está na Ascorsi desde a sua fundação.
Comovida, relata que o empreendimento foi responsável pela dignidade humana que possui, e que sem a associação estaria desempregada. “Sou muito grata por tudo que conquistei nestes 13 anos. Pago minhas contas e conquistei minha casa, meus móveis, meus eletrodomésticos. Hoje, sou eu o arrimo da minha família”, disse orgulhosa.
Vera Lucia da Silva veio do Nordeste com a família. Esteve subempregada e há 8 anos decidiu se associar à Ascorsi. Diz não ter palavras para agradecer o quanto conquistou desde então.
“Não tenho estudo e aqui é um porto seguro mim e os meus, garantindo o salário para minha família”, observou a moça, que vai receber uma sobrinha de longe, e deve encaminhá-la para o associativismo.
De acordo com a presidente Neusa, a renda dos coletores pode variar bastante, mas fica em torno de R$ 1,5 mil por mês. Eles também recebem uma cesta básica e possuem acompanhamento de assistentes sociais da Prefeitura.
Na Ascorsi são realizadas triagens e reciclagens de resíduos sólidos como papelão, plásticos, isopores, componentes eletrônicos, dentre outros. O montante obtido com a venda às empresas de logística reversa é dividido entre os associados.
A associação foi fundada por empreendedoras de fibra, dentre elas dona Antonia Rodrigues dos Santos, que dá o nome ao galpão de reciclagem e armazenamento dos materiais. Possui em caminhão para a coleta seletiva e outros bens indispensáveis para o trabalho.
“Temos consciência do nosso exemplo e da nossa missão”, relatou a presidente da Ascorsi.