Gazeta Itapirense

Artigo: Por que vivemos o caos com relação a Dengue?, por Belarmino Peres

Nosso principal problema é o inseto vetor Aedes Aegypti que uma vez contaminado como vírus da Dengue, Zika e Chikungunya irá contaminar os seres humanos. Deste, temos o dever de conhecer sobre seu habitat e sua reprodução.
Uma fêmea fecundada procurará sangue em uma pessoa humana para que possa desenvolver sua produção de ovos e ovoposicao ocorrendo em apenas 48 horas de uma picada e se ela ficar contaminada com o vírus; pasmem, todas as larvas que nascerem destes ovos estarão já contaminados pelos vírus. Ora, se apenas 1 fêmea adulta com 6 a 7 dias de vida poderá colocar de 800 a 1.000 ovos até o final de sua vida ao 30o. dia e se 50 % que nascerem forem fêmeas, teremos 500 infectadas; e estas após a fecundação pelo macho estarão novamente procurando seres humanos em busca de sangue, e pela média de que 1 fêmea possa picar até 5 pessoas nesta fase, teremos o potencial de até 2.500 picadas infectadas a transmitir a doença da Dengue.
Tendo-se ainda de que 1 ovo depositado em uma vasilha ou próximo a poça d’água limpa, poderá eclodir até 12 meses após, com alta umidade e temperatura no período de verão, este potencial de se multiplicar se torna de forma EXPONENCIAL e pelos próximos 12 meses.
Desta forma, NÃO há como arrefecer em nenhum dia de controle e combate deste inseto vetor.
Temos em nosso país, o comportamento de que uma vez passado ou vencido a fase de pico do inseto vetor, estamos controlados.
Enganam-se quem pensa assim, pois NUNCA devemos em momento algum durante os 365 dias do ano de esquecermos do controle deste inseto.
Vivemos hoje o maior terror e desgastes humanos, quando não a morte de pessoas contaminadas, por passarem ao ataque e picadas de fêmeas do inseto vetor a procura de sangue para sua reprodução.
Resumidamente, o Controle e Combate ao mosquito vetor Aedes Aegypti deve ser mantido todos os dias do ano, com Campanhas junto a população para eliminação de possíveis objetos favoráveis a sua reprodução e óbvio, quando este estiver fora de controle que seja estabelecido um Combate de Guerra, ou seja, intensidade ao máximo de morte ao inseto adulto e/ou larvas através de fumigações de cobertura total em uma região ou município para a devida proteção da população humana.
Fica a dúvida, que diante de conhecimentos e pesquisas técnicas sobre a reprodução e evolução do inseto vetor Aedes Aegypti, porque não há Campanhas consistentes de eliminação ou até a erradicação do inseto?

O que falta para estas ações serem verdadeiras e protegerem os seres humanos de forma intensiva e nos 365 dias do ano?

Belarmino Peres Júnior
Engenheiro Agrônomo

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