Perigo: Itapira entra em estado de alerta para a dengue

A Secretaria de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica, realizou entre os dias 3 e 18 de janeiro a pesquisa de amostragem ADL (Avaliação de Densidade Larvária) – também conhecida como LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) – que identifica a taxa de infestação do Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya) e o grau de risco para epidemia de doenças arboviroses no município.

Após tabulação dos dados, o índice obtido foi de 2.7, que representa estado de alerta. O Ministério da Saúde possui três classificações: até 1,0% o resultado é satisfatório; de 1,1% a 3,9% é estado de alerta; e acima de 4,0% é considerado alto risco.

“Nas ações de bloqueio que são realizadas quando há casos positivos na região, os agentes têm encontrado muitos criadouros com larvas. A avaliação foi feita antes das chuvas dos últimos dias e com o clima chuvoso e quente a situação é ainda mais alarmante”, explicou a responsável técnica pela Vigilância Epidemiológica, Josemary Apolinário. “Mais uma vez fazemos o apelo para que a população retire todos os tipos de criadouro de suas residências, pois somente combatendo o mosquito podemos evitar a contaminação das doenças por ele transmitidas”, completou.

No período mencionado, as equipes visitaram 1.191 imóveis das áreas 1 e 2 da cidade em busca de criadouros (com ou sem água) e as equipes encontraram 46 amostras de larvas, sendo 35 do Aedes aegypti. Os principais tipos de criadouros encontrados foram pratinhos de vasos de plantas, plantas na água, latas, plásticos, piscinas infláveis, baldes, bebedouros de animais e ralos internos, dentre outros.

No boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira, o município já contabiliza 15 casos de dengue esse ano, sendo 12 autóctones e 3 importados. As informações detalhadas de locais de contaminação podem ser consultadas no site https://itapira.sp.gov.br/pagina/boletins-epidemiologicos/133.

Nebulização

A Vigilância Epidemiológica iniciou essa semana a nebulização com máquina costal na região do bairro Jardim Raquel, onde foram registrados os últimos casos. A previsão é que aproximadamente 900 imóveis sejam visitados até o fim da semana que vem. As ações de bloqueio de criadouro e busca ativa de pacientes com sintomas da doença também são feitas a cada novo caso identificado.