Defesa Civil chega a dezembro com mais de 2,3 mil ocorrências
A Defesa Civil de Itapira chega a dezembro com um número recorde de ocorrências: foram 2.333 notificações até a primeira semana deste mês, especialmente àquelas relacionadas com as duas megaoperações deflagradas no ano: ‘Chuvas de Verão’ e ‘São Paulo Sem Fogo’.
O coordenador do órgão, Ronaldo Ramos da Silva, e o chefe de operações, Thales Tonolli Scholz, comentaram que as variações climáticas, por conta de eventos como El Niño, por exemplo, têm provocado situações extremas, como chuvas mais volumosas ou calor com altíssimas temperaturas, aliadas à baixa umidade relativa do ar, .
“Com isto, as ocorrências oriundas destes eventos extremos, tais como as queimadas, fumaças, ou deslizamentos, quedas de árvores e outros relacionados aos temporais, são cada vez mais frequentes”, disse Ronaldo para A Gazeta.
Outro senão, ainda de acordo com o coordenador da Defesa Civil itapirense, o período das chuvas, que tradicionalmente era concentrado entre dezembro e março, de uns anos para cá fora antecipado para setembro, com precipitações muito grandes. “Tivemos um caso em que choveu 60 milímetros em só dia, o equivalente a um mês, com queda de árvores, muros, enchentes e outros problemas advindos de tempestades dessa magnitude”, destacou.
Além das chuvas, a Defesa Civil tem atendido registros de queimadas de grandes proporções, como a ocorrida em uma propriedade rural de Eleutério. “Em que tivemos grandes perdas de vegetação, animais e de plantações”, afirmou Tonolli.
O chefe operacional comentou também que o tamanho da área do município, uma das maiores da região, com mais de 700 quilômetros de entorno, se transforma em um desafio para atender a todos os registros.
Para isso, é fundamental um planejamento adequado, com o uso de tecnologia de previsão e de equipamentos, em especial quando se coloca em prática ações de prevenção, como aquela que visitou mais de 85 propriedades para evitar queimadas.
“É um trabalho que exige profissionalismo de todo o efetivo da nossa Defesa Civil, cooperação com outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros, e muita ação com base na experiência e planejamento”, observado Ronaldo Silva.