Pacientes dão detalhes de como superam as adversidades do câncer
O diagnóstico de câncer não é moleza. Doença considerada séria e de causas multivariadas, o resultado positivo imediatamente impõe mudanças e desafios a serem superados tanto pelo paciente quanto por toda a família.
“Foi um grande baque”, declarou o aposentado Alberto Nicolau Magyoli, de 67 anos, que está há um ano em tratamento contra o câncer de cólon-retal.
Operado e já carregando uma bolsa colostômica a tiracolo, seo Alberto, como é conhecido por parentes e amigos, traz no rosto a estampa da alegria, mesmo com tantas adversidades já vividas.
“Foram mais de 30 sessões de radioterapia e outras 5 de quimioterapia, viagens e muitas consultas e exames. Mas sigo forte e com muita fé”, destaca.
O diagnóstico do câncer, que ele considera que veio tardio, após seis meses de uma consulta que identificou – erradamente – hemorroidas, confirmou a suspeita a partir de fortes dores na região dos intestinos e no cóccix.
“Foi no Dia dos Pais”, afirmou. “Em seguida, vieram os exames de imagens que confirmaram um tumor em estágio avançado, nível 2, de uma escala que vai até 3”, observou.
Mesmo assim, seo Alberto não se rendeu e manteve o sorriso no rosto e a oração em dia. Com muita disposição, vai superando todos os entraves e se tornando exemplo para quem inicia a luta pela vida.
“Digo para não desistirem e não terem medo, porque é mau conselheiro. É importante ter fé em Deus e seguir em frente”, diz o aposentado que chegou a emagrecer mais de 40 quilos e hoje come de tudo. “Não me deixo abater e aproveito a vida de forma equilibrada”.
Com essa mesma disposição de vida A Gazeta encontrou o aposentado metalúrgico Lezenil Oliveira Almeida, 71 anos, para um depoimento. Ele faz tratamento “há muitos anos” contra o câncer de próstata.
“Sou muito agradecido pelo serviço de atendimento em oncologia da Prefeitura de Itapira, cidade que escolhi para morar desde 2021, e que está sendo o grande diferencial do meu tratamento”, enfatizou.
Em Itapira, Lezenil encontrou a paz para seguir um protocolo chamado de estadiamento. “Vim do ABC, um lugar muito movimentado onde não tinha muita qualidade de vida. Mas aqui, nesta cidade linda, tenho encontrado a tranquilidade e o apoio de uma equipe de profissionais maravilhosos”, esclareceu. “São meu porto seguro”, enfatiza.
O tratamento agora é mais ambulatorial, mas já teve sua fase aguda, que exigiu muito da saúde do aposentado. “Emagreci e tive receios. Porém, aos poucos, fui superando tudo com fé e atualmente estou me sentindo muito bem”, finalizou.