Penas dos presos em operações do MP de Itapira já chegam a 805 anos
O Ministério Público obteve a condenação de mais dez pessoas que foram alvos de uma sequência de quatro operações deflagradas pela Promotoria de Justiça de Itapira e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), entre 2020 e 2023, contra membros de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios.
Os trabalhos de investigação em Itapira tiveram o comando do promotor de Justiça Rodrigo Lopes, que participou diretamente de todas as operações desencadeadas.
Das três primeiras operações com sentenças publicadas (Macuco, Rebote e Ruiva), já havia um total de 658 anos e 11 meses de penas atribuídas aos acusados. Agora, com o sentenciamento da operação Xeque Mate, outros dez réus foram condenados a um total de mais 146 anos e 8 meses de penas, totalizando 805 anos e 7 meses.
Em tais operações, o MPSP mirou o tráfico de drogas praticado sobretudo por membros da mesma facção criminosa, resultando na prisão de 84 pessoas, com apreensões de grandes quantidades de dinheiro, armas e drogas.
A investigação que culminou com a operação Xeque Mate teve início a partir de uma ocorrência em que a Força Tática do 26º Batalhão de Polícia Militar do Interior desmantelou uma reunião dos membros da facção realizada para batismo de novos integrantes em Itapira.
Com o prosseguimento das investigações, o GAECO, em conjunto com a Polícia Militar, por meio dos 1º e 15º Batalhões de Ações Especiais, deflagrou a operação em 9 de novembro de 2022 para cumprimento de nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão nas cidades de Itapira, Campinas e Guarulhos.
Durante as diligências, houve a prisão de oito pessoas e a apreensão de 2kg de pasta base de cocaína, além de aparelhos de telefone celular. Ao final, 11 pessoas foram denunciadas por integrarem a organização criminosa e participarem do batismo, sendo dez delas agora condenadas. O outro réu, que teve o processo desmembrado, participou de audiência e aguarda o sentenciamento do processo.