MP reverte julgamento que inocentou assassino de jovem
Uma das maiores aberrações ocorridas na Justiça itapirense teve mais um capítulo na tarde desta terça-feira, 19, durante um novo julgamento do homem que matou Valeria Rabechini a pedradas em novembro de 2010.
É que no primeiro Tribunal de Júri, ocorrido em 2019, os jurados haviam absolvido o homem do crime de assassinato, condenando-o apenas na ocultação de cadáver.
O Ministério Público local, inconformado com a decisão, recorreu logo em seguida e conseguiu a anulação do Júri.
O novo julgamento foi marcado e na tarde desta terça-feira, depois de um debate intenso entre a promotora e o advogado do acusado, a nova sentença deu uma resposta à altura para o crime que chocou a cidade na ocasião (veja histórico abaixo).
L.F.S. desta vez não escapou da condenação e acabou pegando 15 anos e 2 meses de reclusão, mas poderá recorrer em liberdade. A pena foi proferida pela juíza Elizabeth Shalders de Oliveira Roxo.
“Fizemos o que tinha que ser feito, revertemos uma injustiça para um crime ocorrido contra uma mulher que não teve nem chance de se defender”, pontuou a promotora Patrícia Barsottini.
O caso
O crime ocorreu no dia 26 de novembro de 2010 e foi marcado pela brutalidade contra a vítima, que na época tinha apenas 25 anos de idade.
O assassino matou a mulher com pedradas na cabeça e depois escondeu o corpo dentro de um canal de vinhaça da Usina Nossa Senhora Aparecida.
Os investigadores Daniel Portilho e José Armando Brida começaram as diligências logo no dia em que o corpo foi achado e chegaram até o acusado apenas 4 dias após o ocorrido.
Diante das provas levantadas pela Polícia Civil de Itapira, o homem acabou confessando o crime.