Gazeta Itapirense

Nossa História: Museu, patrimônio cultural de Itapira

Com esta edição encerramos a série de homenagens à nossa cidade e queremos registrar em nossa coluna o apreço que temos por um instituto cultural desta terra que em muito colabora para a preservação de nossa história.

Com certa freqüência recorremos aos guardados naquela casa para esclarecer nossas dúvidas e buscar subsídios para que nosso trabalho possa se aproximar ao máximo possível da veracidade dos fatos.

Criado pelo decreto estadual nº 15, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo de 03 de fevereiro de 1972, o “Museu Histórico e Pedagógico Com. Virgolino de Oliveira” foi inaugurado durante a administração do dinâmico Prefeito Hélio Pegorari em 24 de outubro daquele mesmo ano, completando, portanto nesta data em que comemoramos o 191º aniversário de Itapira, trinta e nove anos de atividade.

Implantado pelo museólogo Plínio Magalhães da Cunha, que também foi seu primeiro diretor, o museu de Itapira foi instalado em uma casa situada na esquina das ruas XV de novembro e João de Moraes (onde hoje se encontra o anexo da Câmara Municipal). Naquele local ele foi tomando forma e recebendo peças doadas pela população local que possibilitaram o seu crescimento e estruturação.

Graças ao empenho de seu diretor e da dedicação ímpar da técnica de museus, Maria Carmelita Magalhães da Cunha, colaboradora indispensável, o instituto tomou proporções que aquele local não mais comportava. Urgia a necessidade de mudança para um local mais amplo.

Surgiu então a figura do Prefeito Alcides de Oliveira (Alemão) que cedeu e providenciou uma substancial reforma do antigo prédio do Serviço de Abastecimento de Água de Itapira, bem no centro do Parque Juca Mulato, para que lá se transferisse aquele patrimônio cultural de nossa cidade. No dia 21 de abril de 1974, feriado de Tiradentes, houve a entrega oficial, pelo mesmo prefeito, daquele local onde passava a executar suas atividades em prol à população itapirense.

Grande colaboração recebeu também o museu por parte da viúva de seu patrono, Dona Carmem Ruete de Oliveira, conforme palavras de Vinício Stein Campos, Diretor da Divisão de Museus da Secretaria de Cultura e Diretor do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de São Paulo, que presente naquele dia deixou assentado no Livro de Registro de Visitas da casa, dentre outros, os seguintes dizeres: “Ao seu encontro [de Plínio] veio essa criatura excepcional que é Dona Carmem Ruete de Oliveira, que tem em seu poder um dos mais opulentos patrimônios históricos de Itapira – a vida e a obra de Virgolino de Oliveira.”

Embora se tratando, ao tempo de sua implantação em nossa cidade, de uma instituição de nível estadual, o museu sempre recebeu respaldo da administração itapirense para a realização de suas atividades.

A partir de 18 de abril de 2011, por decreto governamental, toda a rede de museus históricos e pedagógicos do interior do Estado, constituída de cinquenta e seis museus, foi municipalizada, inclusive o de Itapira.

 

Coluna publicada originalmente na versão impressa do jornal A Gazeta Itapirense de 29 de outubro de 2011

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