Gazeta Itapirense

‘Banca da Garapa’ fecha após 40 anos de atividade ao lado da ‘FEPASA’

Terminou esta semana uma história de exatos 40 anos de um estabelecimento comercial muito tradicional em Itapira, a ‘Banca da Garapa’, ou ‘Banca da Rose’.

Ela ficava muito bem localizada no meio da praça João Sarkis Filho, junto ao Edifício “Pastor João Orcini” (antiga estação da Fepasa). Sua parte frontal dava para a rua Rui Barbosa, com sua lateral ficando para a avenida Rio Branco de um lado e para o supermercado Roffato do outro.

O pequeno ‘trailer’ que começou vendendo caldo de cana-de-açúcar se transformou em um bar que teve momentos épicos quando, em especial aos sábados, turmas de amigos se reuniam por lá para tomar um ‘suco de cevada’ e ver a hora passar jogando conversa fora.

A banca foi montada no dia 03 de janeiro de 1985 pela comerciante Rosangela Aparecida de Moraes, que depois passou a ser chamada por Rose Ela tinha ao seu lado o pai José Bernardino de Moraes, falecido há 26 anos.

Rose no local onde fica sua banca”preciso descansar”

Com o tempo Rose deu uma implementada na banca e, além da ‘garapa’, passou a vender frutas. Não demorou muito para ela perceber que podia ir mais longe e transformou o local em uma lanchonete que abria todos os dias da semana.

Passou a vender também bebidas em geral, com destaque para a cerveja gelada, salgados sortidos, cigarros, etc. Caiu de vez no gosto da clientela.

“Saiu minha aposentadoria e estou com problemas no coração, tenho até um aparelho no coração. Eu trabalhei com amor e carinho, procurei atender bem a todos. Quero agradecer os clientes que por aqui passaram. Fiz grandes amigos aqui, mas perdi muitos, fui em muitos velórios de amigos que frequentavam aqui. Nessa jornada de 40 anos de trabalho conheci pessoas boas que fizeram parte da minha vida”, contou Rose.

Dois momentos: a retirada da banca por um caminhão  e ela no meio da praça tendo ao lado banca de jornal como vizinha 

Mesmo tendo ao seu lado o companheiro Sergio Adriano, Rose Moraes viu que era a hora de parar e descansar. “Quero agradecer a todos que foram fregueses, a Prefeitura que me deu esse espaço pra gente trabalhar nesse tempo todo”, disse.

“Eu e meus amigos começamos a frequentar lá há muitos anos, na época que o pai da Rosângela ainda era vivo. Todo sábado íamos lá. Por volta das 11 chegava um, depois outro, ali pelo meio dia tinha uns 20. Nessa época ela só vendia garapa, cerveja e refrigerante, não tinha salgados ainda, aí a gente levava uma porção, queijo, salaminho, comprava no supermercado, que na época era o Mixtro”, lembrou o cartorário Valdemar Avelino de Toledo Júnior, o popular Mazola.

Mazola e sua turma passaram bons momentos no point

A turma a qual ele se refere era formada por muitos que moravam no entorno do Bar do Ademar, que fica na esquina das ruas Padre Ferraz e Duque de Caxias. A galera unida e animada fez point ali por muitos anos e comemorou datas importantes, entre elas aniversários.

“Quando tinha aniversário de um ou de outro a gente colocava uma churrasqueira e ficava lá o dia inteiro, às vezes até de noite no sábado. Não tinha banheiro e a gente ia no Baitacão do Chico ou no próprio supermercado. Como era passagem da cidade, muita gente passava por lá, foi uma época muito boa, foi muito bom, restaram as recordações”, filosofou Mazola.

A lanchonete da Rose foi vendida como sucata e transportada em um caminhão, levando também as histórias e bons momentos de muitos itapirenses que por ali passaram.

Neste dia a galera comemorou o aniversário do Diri

 

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