Gazeta Itapirense

Editorial: O número de furtos e roubos estão aumentando. O que fazer?

Nas três primeiras semanas de setembro foram notificadas 42 ocorrências de roubo e furto em Itapira, na média, duas por dia. Na terça-feira-feira, 21, quadruplicou, 8 notificações. Muitas delas registradas pelas câmeras de segurança particulares. O que será que está acontecendo? Vai continuar assim? O que poderá ser feito para reduzir as ações dos criminosos?

Antes dos achismos que imaginam que esse aumento de roubos e furtos é exclusividade itapirense, o relatório divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo na última sexta-feira, 24, informa que os casos de homicídio, estupro, roubos e furtos aumentaram em agosto este ano quando comparados ao mesmo período do ano passado. Enquanto os homicídios dolosos e estupros aumentaram 5,63% e 8%, respectivamente, os chamados “crimes de oportunidade”, roubo cresceram 24,57% e furto, 44,13%, muito aquém dos demais.

Costumamos atribuir as ações de roubo e furtos aos bandidos que escolheram essa “profissão” como meio de vida e àqueles que usam desse expediente para adquirir ou pagar dívidas de drogas. Diante do crescimento do desemprego, outro grupo deve ser agregado, aqueles que sem recursos para manter o sustento da família se aventuram em pequenas ações de roubos ou furtos. Se considerarmos que as ações criminosas tradicionais já apresentam dificuldades para serem contidas, a atuação contra os chamados criminosos eventuais é mais complicada. Estes não agem rotineiramente, não estabelecem o chamado “modus operandi”. Dificilmente são denunciados por quem os conhecem.

Em busca de segurança, acreditamos que mais policiamento e mais decisões de prisão resolveria. Quantos policiais precisaríamos para cobrir Itapira? Quantas vagas nos sistemas pressionais seriam necessárias. Quanto isso custaria?

Na última terça-feira, 21, os roubos ocorreram: na Nova Itapira, na Vila Bazani, na Vila Ilze, no José Secchi, na Vila Izaura, no Istor Luppi e no Bairro Santa Fé. Para coibir essas ações precisaríamos cobrir todos os bairros de Itapira com policiais e viaturas. Bandido não informa o local de “trabalho”. Estaríamos dispostos a bancar todos esses custos? Será que atacar a desigualdade não sairia mais em conta?

O assunto é espinhoso. Circula nas redes sociais diversas soluções aparentemente fáceis para vencer a tarefa de oferecer mais segurança à população. Todos os candidatos a prefeito, governador e presidente, nas campanhas, colocam a segurança como prioridade. Uma vez eleitos, os bandidos parecem roubar-lhe as pretensões e o problema continua… Até quando?

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