Gazeta Itapirense

Historiador Arlindo Bellini agora em versão digital!

A chegada da pandemia do novo coronavírus a partir de março do ano passado produziu um efeito inesperado para o mais famoso memorialista da cidade, o aposentado Arlindo Bellini, de 81 anos de idade.

Ao se deixar conduzir pela prudência, observando as medidas de distanciamento e isolamento social preconizadas pelas autoridades médicas, Bellini, a exemplo de tantas outras pessoas que integram aquela confraria conhecida por “grupo de risco,” acabou “sendo apresentado” para as ferramentas digitais que se transformaram em válvula de escape para que um número incalculável de pessoas pudessem interagir com amigos e familiares nestes tempos estranhos.

No caso dele, particularmente, uma pessoa que apesar da idade avançada jamais abriu mão de uma rotina espartana de trabalho (uma das consequências das medidas de distanciamento foi seu afastamento das atividades que exerceu por 62 anos na loja de móveis Casas Baiochi) aprender os macetes da tecnologia da informação acabaram caindo como uma luva.

Primeiramente aprendeu a digitar os próprios textos que são publicados semanalmente no jornal Tribuna de Itapira, onde é dono de uma audiência cativa há mais de 30 anos. Indo além, Arlindo Bellini decifrou, literalmente, o significado de uma palavra da língua inglesa que no ano passado foi incorporada ao cotidiano dos brasileiros: a “Live”.

Ele conta que além do incentivo que recebeu dos colegas de redação do Tribuna, um estímulo decisivo para que fizesse essa imersão no mundo digital veio dentro da própria casa, com o auxílio indispensável da nutricionista Patrícia Belllini, sua filha. “A Patrícia me incentivou e teve muita paciência para me ensinar coisas que até então eu ainda desconhecia”, revela.

O veterano memorialista curte uma nova fase demonstrando sua capacidade de adaptação às novas circunstâncias

Inspiração

As primeiras postagens, em abril do ano passado, traziam comentários a respeito de uma coletânea de poesias de autores selecionados em um trabalho realizado pela Casa das Artes de Itapira. Bellini explica que nesta sua nova empreitada vem procurando diversificar o conteúdo para não ficar preso a uma única narrativa, como por exemplo, evocar fatos históricos da cidade e de sua gente, trabalho este que o consagrou nas páginas do jornal. “Depende da inspiração de momento. Procuro falar a respeito de temas distintos, ainda que também recorra aos fatos históricos”, registrou.

Arlindo aprendeu também que as ferramentas digitais têm o condão de medir audiência do conteúdo publicado e tem na ponta da língua o total de visualizações que suas falas geram na internet. “Algumas postagens atingiram mais de mil visualizações, sem falar no número de comentários gerados a cada nova edição”, orgulha-se.

 

 

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